Sede do Crea-SP

Projeto apresentado em concurso promovido pelo Crea-SP para a construção da sua nova sede, que será edificada no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Realizado em parceria com o arquiteto Alexandre Hepner. Premiado com Menção Honrosa. São Paulo - SP área do terreno: 5.500m² área construída total: 14.800m²

Vista da fachada principal, voltada para a Av. Marquês de São Vicente

O projeto para a nova sede do CREA - SP, para além da concentração das oito unidades existentes na capital em um único edifício, deve também consolidar sua imagem institucional como um órgão democrático e comprometido com a inovação e o desenvolvimento das profissões nela representadas. O partido arquitetônico adotado nasce do programa apresentado no edital, mas foi desenvolvido levando em consideração suas relações com o entorno construído em que o novo edifício será implantado. O amplo terreno disponível, que contém uma testada excepcionalmente longa, é cercado por altas torres de arquitetura convencional. Conjuntamente com a necessidade de não extrapolar o coeficiente de aproveitamento nem o gabarito padrão de 28 metros, quaisquer propostas de torre resultariam em um edifício sem destaque em relação aos vizinhos. Dessa forma, um esquema mais horizontalizado foi escolhido de forma a proporcionar um caráter excepcional ao edifício, promovendo também uma maior integração da comunidade que irá frequentá-lo.

Vista do pátio interno

Simbolicamente, todos os usos se voltam para um grande pátio central que ordena e hierarquiza os espaços. Definido por dois volumes paralelos interligados pela circulação periférica, os vazios gerados configuram áreas aprazíveis e visualmente integradas, mas destinadas aos diferentes públicos do edifício, setorizados em cotas distintas - os usos de caráter mais público concentram-se no térreo e mezanino, enquanto o fluxo reservado de trabalho no primeiro e segundo pavimentos. De modo a potencializar as qualidades do térreo e seu pátio, optou-se por não ocupar este nível, o mais nobre de qualquer projeto, com espaços para estacionamento. Assim, um amplo subsolo foi previsto para abrigar a maior parte das vagas necessárias, enquanto as restantes foram localizadas no mezanino, permitindo flexibilidade no uso do estacionamento como funcionamento único ou compartimentado.